Inspiração! Filho usa escada para conversar com mãe de 80 anos sem quebrar isolamento social

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Alô, Comunidade! Vamos contar aqui uma história inspiradora cheia de amor e dedicação. O que você faria para visitar a sua mãe, após sentir sintomas semelhantes ao do covid-19? Isso aconteceu com o pernambucano Saulo Luiz de Albuquerque.

Ele passou a usar uma escada para se debruçar na janela de casa e conversar com a mãe, que fica no quarto, no primeiro andar, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife.

A mãe de Saulo, Dona Maria Emerita de Albuquerque, tem 80 anos e está no grupo de risco da pandemia do novo coronavírus.

A preocupação do filho aumentou desde que começou a sentir sintomas de uma gripe.

Ele passou a intensificar a proteção da mãe, depois de pensar que poderia ter se contaminado como novo coronavírus,

Com uma saúde debilitada, é tratada pelo filho como uma “joia rara”, frágil e preciosa.

A idosa sofreu uma fratura no fêmur, também teve um acidente vascular cerebral (AVC) e perdeu a visão.

Ideia da escada

Conferente de cargas, Saulo teve que abandonar, temporariamente, alguns hábitos, como ficar com a mãe para abraçá-la.

Agora, a escada se transformou no único meio para amenizar a saudade.

“Eu tive a ideia de colocar uma escada do lado de fora e ter acesso ao quarto dela, mantendo distância, para ficar conversando com ela, vendo ela. Ultimamente, só minha irmã está tendo acesso a ela, para evitar muito contato físico. Por causa disso, minha mãe também se sente muito sozinha”, afirmou.

Foto: Reprodução/TV Globo

Distanciamento

Para Saulo, além das dificuldades impostas pela pandemia, incluindo as financeiras, ficar longe da idosa é o que mais dói.

“O medo impera. Minha mãe já tem uma saúde muito frágil, devido à idade, a todas as doenças que já teve e por ser diabética. Minha maior vontade hoje seria voltar à rotina normal, penteando o cabelo dela, cortando o cabelo e as unhas, trocando a fralda dela. É o maior cuidado. A parte mais difícil, para mim, é o distanciamento. Dói muito, de verdade”, afirmou Saulo.

Saulo começou a ter sintomas gripais no fim de abril e, alguns dias depois, chegou a ir a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde, segundo ele, a médica descartou a Covid-19.

Entretanto, os sintomas foram bastante semelhantes, como febre, dor no corpo, dor de cabeça e outros sintomas respiratórios.

“O distanciamento já estava acontecendo, mas até então eu estava dentro de casa. Quando tive os sintomas, fiquei totalmente isolado da residência. Estou construindo, na parte de baixo da casa, um espaço com melhor acesso para ela, porque da última vez que ela foi socorrida, até o Samu achou ruim o acesso. Estou dormindo nesse espaço por enquanto”, falou.

Com o afastamento físico de Saulo, coube à irmã dele os cuidados integrais da mãe, até porque, como a idosa é bastante dependente, costumeiramente, algum dos filhos cuida dela enquanto o outro trabalha.

“Diante da pandemia, a gente fica com receio de se aproximar e acabar ela pegando uma gripe, ou alguma outra coisa. Dizem que o filho mais novo é sempre mais apegado à mãe, e acho que é meu caso”, afirmou Saulo.

Informações G1

 


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