Espaço Poético – Sala de espera

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Sala de espera

Sobrou um entretanto de tempo no peito.

Incrustou-se de rejeição e pele.

Houve troca de olhares com fones

nos ouvidos, charme na face;

telas protegidas.

Tranquilidade de choro ao confortar os fatos.

Modelagem da lembrança com evidência no semblante,

como quem entra em casa sozinho.

Os pesadelos dessa noite terão a deliciosa passagem de um beijo

de sonho em dias calmos.

 

Por Adão Cunha

 


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