Alerta: casos suspeitos de dengue crescem 280% na Bahia

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Todo cuidado é pouco. O número de casos notificados como suspeitos de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, subiu de 1.907 para 7.252, alta de 280%, na comparação entre 1º/1 e 18/3 de 2018 e igual período deste ano.

A informação foi divulgada pelo biomédico sanitarista Gabriel Muricy, da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). O número baixou em relação aos 301% aferidos em janeiro, comparando com 2018, mas ainda é preocupante.

Ele explicou que há cidades epidêmicas, como Feira de Santana e entorno, Seabra e Itaberaba, na Chapada Diamantina. Nestas regiões, em algumas localidades, o número passa de 300 doentes por mil habitantes.

O maior perigo é em Feira de Santana, que detém 30% dos registros, com quatro mortos este ano. Por ser o maior entroncamento rodoviário do Nordeste, trata-se também do local onde passam mais pessoas com possibilidade de terem contraído a doença.

“Nesta época de calor com umidade, já se esperava uma proliferação, daí nossas ações preventivas, mas é preciso considerar também que em um período de três a cinco anos, tem um desses anos em que a doença se propaga, como agora, em 2019”, explicou o biomédico Muricy.

Kits – A Sesab distribuiu, para os 417 municípios baianos, 7.400 kits contendo os equipamentos para o controle da doença, com 26 itens, como pipetas de vidro, álcool, esponja, lanterna de LED recarregável e bacia plástica.

Os municípios baianos têm atendido ao chamado da secretaria estadual, no sentido de orientar os moradores e realizar mutirões, como foi feito recentemente em Lençóis, que fica a apenas 50 quilômetros de Seabra, uma das cidades de maior incidência da dengue.

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta a partir de 38.5ºC;
  • Dores musculares intensas;
  • Dor ao movimentar os olhos;
  • Mal estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

São sinais de alarme da dengue os seguintes sintomas:

  • Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome;
  • Vômitos persistentes;
  • Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • Sangramento de mucosa ou outra hemorragia;
  • Aumento progressivo do hematócrito;
  • Queda abrupta das plaquetas.

Como prevenir a dengue?

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos.

Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

No momento, só existe uma vacina contra dengue registrada na Anvisa, que esta disponível na rede privada. Ela é usada em 3 doses no intervalo de 1 ano e só deve ser aplicada, segundo o fabricante, a OMS e a ANVISA, em pessoas que já tiveram pelo menos uma infecção por dengue.

Esta vacina não está disponível no SUS, mas o Ministério da Saúde acompanha os estudos de outras vacinas.

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