Incrível: Lutador de karatê de 82 anos mostra exemplo de vida voltada para o esporte

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Alô, Comunidade! O senhor de 82 anos Valberto Alcântara mostra que a idade não é empecilho para a prática do karatê.

Vestindo um kimono e de óculos escuros, por conta do sol radiante de uma manhã de quase verão, seu Valberto surge com um sorriso no rosto na entrada da Associação Atlética da Bahia, na Barra, onde orienta e acompanha o desenvolvimento dos seus pupilos nas artes marciais.

Chegando à academia, tira os óculos e o chinelo e pisa no tatame. E ali, a mágica começa a acontecer.

Durante o aquecimento, ele mostra uma sequência de golpes intercalados com chutes potentes em um saco de pancadas.

“O segredo é a alimentação e trabalhar a cabeça. Eu não costumo mais festejar aniversário, porque eu não quero saber a idade que eu tenho. Isso depende muito da alimentação e como você se comporta. Eu me encontro com os amigos, tenho um prazer enorme de gostar de pessoas, converso com uns, abraço outros. Pra mim, é muito importante o convívio com pessoas. E algo que não abro mão, é o respeito. Respeito as posições, ideias, e as opiniões”, revela ao jornal Atarde.

O lutador é faixa preta 3º dan pela Federação Baiana de Karatê (FBK) e 4º dan pela academia Mugen Kaiy, do mestre Naoyuki Hirakawa, no Rio de Janeiro. Ele segue à risca a rotina de treinamentos.

Com a disciplina de um karate-ka, Alcântara explica a rotina às segundas, quartas e sextas-feiras, de casa até a academia onde treina, na Associação Cultural e Esportiva Braskem (Aceb), no  Costa Azul.

“Tenho alimentação balanceada, com auxílio da minha esposa, e então saio de casa às 17h. Moro em Brotas e, devido ao engarramento no Iguatemi, Tancredo Neves e Costa Azul, chegamos cedo na academia para ajudar nas aulas. Lá, avaliamos alunos para as ocasiões de exame de faixa, observamos os nossos atletas com deficiência para, na medida do possível, consertar para a hora da avaliação, além do treino. E então retorno para casa às 21h. Isso se repete nestes dias”, disse.

Família Alcântara

Seu Valberto carrega consigo o sobrenome Alcântara, que é conhecido no meio esportivo. Como patriarca, ele inspirou os filhos e parentes a trilharem no caminho do karatê.

Elsimar, o filho mais velho, inclusive já foi pentacampeão brasileiro. Seu Valberto conta como os Alcântara entendem o karatê, e garante que cada um sabe a importância do sobrenome que carrega.

“Todos têm esse legado do prazer de gostar dessa arte. Entendem a participação que têm no esporte, e todos eles sabem da responsabilidade quando colocam um kimono e uma faixa na cintura.”

Atualmente, a família Alcântara conta com 11 faixas pretas, além de ter uma grande parte graduada em outras faixas coloridas. Nativos da Ilha de Mar Grande, os Alcântara administram a Associação Thayon de Esportes, fundada em 1994, com Carlos e Tairone Alcântara assumindo atualmente a direção da academia.

Valberto Alcântara

Fã assumido de Durval Lelys e arriscado nas composições musicais, seu Valberto garante não ter nenhum problema de saúde.

Ele diz ter apenas um acompanhamento médico mais rígido por conta da idade, e revela o segredo para, aos 82 anos, esbanjar saúde, carisma e uma vitalidade de dar inveja.

“Eu sou uma pessoa que sempre busco ser feliz. Não preciso atrapalhar ou pisar nas pessoas para alcançar isso. Com o karatê, tenho termos imensuráveis do ganho de valores de aprendizado. E sigo com esse pensamento de fidelidade ao esporte”, finaliza.

Foto: A tarde

Informações A tarde

 


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