Exemplos: Baianos premiados pela Nasa superaram 83 países

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Alô, Comunidade! Estudar é o melhor caminho para a realização de um sonho. E foi isso que os baianos Antônio Rocha, Genilson Brito, Pedro Dantas, Ramon Santos e Thiago Barbosa fizeram.

Os jovens venceram o maior Hackathon do mundo, promovido pela Nasa (o Nasa Space Apps Challenge 2019) e agora prepara as malas para conhecer a sede da entidade nos Estados Unidos (EUA).

Com idades entre 18 e 23 anos, a equipe batizada de Cafeína superou 2.076 projetos vindos das 230 cidades de 83 países diferentes onde etapas do evento foram realizadas, e foi uma das seis ideias premiadas na competição.

O intuito da Nasa é buscar ideias inovadoras em diferentes categorias do conhecimento. Composto por três estudantes de administração, um de engenharia química e um de análise e desenvolvimento de sistemas, o grupo venceu mundialmente na categoria ‘melhor uso de hardware’ com um projeto para cuidar dos oceanos.

Projeto

Com o nome de Ocean Ride (ou carona no oceano, em tradução livre), o projeto dos garotos criou um dispositivo para recolher partículas de micro plástico das águas, ajudando a limpá-las.

Para realizar o ‘serviço’, o aparelho seria acoplado a grandes embarcações como navios de cruzeiro, cargueiros, ou plataformas de petróleo e atuaria como um ‘imã’ no mar.

Como premiação, os jovens irão conhecer o Nasa Kennedy Space Center, na Flórida, nos Estados Unidos, e ter a oportunidade fazer a apresentação do projeto para a Agência Aeroespacial Americana.

Como tudo começou

O sucesso da equipe baiana veio já no segundo ano de realização do evento em Salvador. Foram 29 equipes formadas com os 250 jovens selecionados para participar entre os 525 inscritos no evento.

Depois de vencer em casa, o Ocean Drive foi encaminhado para análise de equipes da própria agência americana e em dezembro já havia sido anunciado entre as 30 melhores ideais do mundo. Na última quarta-feira (22), a notícia da vitória chegou.

Representante oficial do Nasa Space na Bahia, Leka Hattori, comemorou a vitória histórica.

“Um projeto brasileiro, baiano, estar entre as trinta melhores ideias de inovação do mundo já é de se comemorar. Desde já, com a resiliência necessária a todo empreendedor, estamos avançando. A Bahia pode ser um vale do silício, mesmo com as adversidade e limitações de recurso, os olhos do mundo viraram para Salvador. A gente chegou no máximo de inovação possível, muito bom poder proporcionar isso para essas mentes brilhantes que a Bahia tem”, comemora.

Apoio

A equipe Cafeína começou a se formar, justamente, pelo envolvimento da universidade em projetos de inovação. É que Antônio, Pedro e Genilson, os três primeiros a integrar a equipe, cursavam juntos a disciplina informática aplicada à administração, no curso de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) quando foram desafiados.

“Na matéria, a professora nos provocou, perguntou se queríamos apenas aprender o básico ou ir além e nos desafiou a participar de hackathons como uma das formas possíveis de avaliação. Depois ela convidou a Leka para apresentar o da Nasa para a turma, ficamos com vontade e nos inscrevemos”, conta Pedro.

A professora dos jovens, Isabel Sartori, conta que a iniciativa faz parte de um projeto de extensão da Escola de Administração da Ufba.

“Esse é um trabalho que a gente vem fazendo, de ter professores que têm uma relação mais motivacional com os alunos no início do curso, estimular as características empreendedoras e relacionadas com tecnologia. Estimulando a gente integra universidade e sociedade e a gente mostra que o aluno já pode atuar, não precisa esperar formar para atuar na sociedade”, comenta

Desafios

A história de sucesso da equipe, inclusive, inclui superação de desafios desde a sua formação. “A gente chegou lá sem saber muito, não sabíamos nem que os temas possíveis já tinham sido divulgados. Encontramos várias equipes já formadas, com ideias prontas e agente nem equipe completa tinha. Foi tudo feito nos três dias de evento”, conta Genilson.

“Fomos procurar lá uma forma de diversificar nosso grupo, porque só com estudantes de comunicação não ia dar pra chegar muito longe”, completa Pedro.

Foi aí que se juntaram ao grupo os estudantes da Ucsal, Ramon Santos, de engenharia química, e Thiago Barbosa, do curso de análise e desenvolvimento de sistemas.

No final do primeiro dia de evento eles já tinham a ideia que queriam desenvolver o ‘ímã do mar’ e cada um foi para casa pensar em como colocar o projeto em prática.

No dia seguinte, uma maratona de um final de semana, sem nem voltar para casa pra dormir, até sair vencedores. “Eu lembrei do Gerador de Van Der Graff, fiz uns testes com plástico e funcionou. Ai a gente foi pensar em como aplicar de fato”, conta Ramon.

Depois de muitos conselhos de todos os mentores presentes no evento, a ideia foi estruturada e apresentada em um pitch – um discurso rápido de três minutos – para uma banca composta por cinco jurados. Vencida a etapa baiana, um vídeo de animação de 30 segundos apresentou, em inglês, a ideia para as equipes da Nasa.

Confira o depoimento de um dos vencedores, o Antônio:

 

Informações Correio

 


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