Inspirador! Ativista de 16 anos é indicada ao Nobel da Paz por luta contra mudanças climáticas
A jovem ativista, Greta Thunberg, de 16 anos, foi indicada ao prêmio Nobel da Paz por luta contra as mudanças climáticas. A iniciativa criou um movimento internacional de greves estudantis.
A ativista falta às aulas todas as sextas-feiras, desde agosto do ano passado, e se senta em frente ao Parlamento sueco, em Estocolmo, para exigir medidas concretas dos políticos contra o aquecimento global.
A ação inspirou jovens de todo o mundo a aderirem ao movimento, que ficou conhecido como Fridays For Future (sextas-feiras pelo futuro, em português).
O ato culminou em uma greve escolar global no dia 15 de março, quando milhares de estudantes foram às ruas para protestar, inclusive no Brasil.
O movimento rendeu a Thunberg importantes convites. Ela já se encontrou com o Papa Francisco e com membros do Parlamento britânico, em Londres.
Além disso, discursou no Parlamento Europeu e participou de eventos internacionais, como: a Conferência do Clima da ONU, na Polônia, e o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Como tudo começou
A adolescente conta que ouviu falar pela primeira vez em mudança climática na escola, quando tinha cerca de oito anos e seus professores mostraram fotos de ursos polares famintos, florestas desmatadas e plásticos nos oceanos.
“Quando eu era pequena, tinha planos de ser várias coisas, de atriz a cientista. Até que meus professores me falaram na escola sobre a mudança climática. Isso abriu meus olhos. Fiquei muito impressionada”, relembra, em entrevista ao programa Today da BBC Radio 4.
Quando tinha 11 anos, a jovem sofreu uma forte depressão. “Parei de ir à escola, parei de falar, porque estava muito triste. Aquilo me deixou muito preocupada.”
“Teve muito a ver com a crise climática e ecológica. Achava que havia algo muito errado e que nada estava sendo feito, que nada fazia sentido.”
Depois de perceber que poderia fazer a diferença, prometeu a si mesma que “iria fazer algo de bom com a sua vida”.
“Então, eu sentei no chão do lado de fora do Parlamento sueco e decidi que não iria à escola. No primeiro dia, eu fiquei lá sozinha. No segundo dia, outras pessoas começaram a se juntar a mim.”
“Jamais poderia imaginar nos meus sonhos mais loucos que isso aconteceria. E aconteceu muito rápido.”
Hoje, ela conta com 1,3 milhão de seguidores no Instagram e 472 mil no Twitter.
Síndrome de Asperger
Diagnosticada com síndrome de Asperger, uma forma de autismo, a jovem vê a condição como uma aliada.
“Isso me faz diferente, e ser diferente eu diria que é uma dádiva. Me faz ver coisas além do óbvio”, afirma.
Confira o vídeo da ativista na apresentação na TEDx-Estocolmo. Já são mais de 1,3 milhões de visualizações.