Reflexão: Conflitos Quilombolas
Alô, Comunidade! O professor Chico Nascimentos Magonleji, Mestre em Ensino e Relações Étnico Raciais e Especialista em Estado e Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais, enviou para a redação do portal Comunidade Notícia (redacao@comunidadenoticia.com.br) um texto reflexivo a respeito das Comunidades Quilombolas do Brasil.
No texto, Chico pontua os problemas frequentes que as comunidades quilombolas sofrem. No entanto, ele ressalta que a educação é o caminho para o fortalecimento e desenvolvimento dos Povos.
Diante desse quadro hostil e desalentador,as escolas quilombolas precisam reinventar as suas práxis, fortalecendo as pedagogias de projetos, buscando reforço identitário nas comunidades, para gerar mais confiança e resistência nas crianças e adolescentes
Por Chico Nascimentos Magonleji
Conflitos Quilombolas
A falta de políticas públicas consistentes, o avanço do Agronegócio e a falta de titulação de terras para as comunidades quilombolas no Brasil, refletem entraves significativos para a Educação Escolar Quilombola.
A sala de aula é o grande reflexo da vida nas comunidades. A segurança alimentar tem reduzido parcialmente os efeitos da desnutrição para crianças e adolescentes matriculados nas escolas públicas, entretanto, a vida tensa e a falta de segurança para os corpos negros comunitários alcançam marcas inaceitáveis. Segundo o site Rede Brasil Atual, no seu artigo, Cidadania, ódio e violência. Foram mapeados 32 assassinatos, com registros em 11 Estados brasileiros, onde assassinatos de quilombolas crescem no pais no período de 2018 a 2022.
Conflitos fundiários e violência de gênero estão entre as principais causas dos assassinatos de quilombolas no Brasil. Ao menos 13 quilombolas foram mortos no contexto de luta e defesa do território. A pesquisa também revela que a violência contra quilombolas se acentuou nos últimos cinco anos. A pesquisa também revela que a violência contra quilombolas se acentuou nos últimos cinco anos.
Diante desse quadro hostil e desalentador, as escolas quilombolas precisam reinventar as suas práxis, fortalecendo as pedagogias de projetos, buscando reforço identitário nas comunidades, para gerar mais confiança e resistência nas crianças e adolescentes. Projetos que inspirem a cultura da paz e reconhecimento do protagonismo infanto-juvenil como estratégia de luta e desenvolvimento humano.
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