Espaço Poético – Caçada
Caçada
Dia de semana, suor na camisa e carta na manga.
Nossa gente que batalha, vivendo no fio da navalha.
Não aceita mais promessa, tem pressa, a carta se embaralha;
a corrida é sempre por mais, pra no jogo, tirar o ás.
Periferia vai à caça: com força e fé o céu abraça.
Ligeiro com o cerol da linha que corta,
na ativa, sempre se abre a porta,
recordando que fé sem obras, é morta!
Tem que ser sagaz na selva, tipo puma em meio a relva.
Na espreita, sempre avança e conquista o pão da criança.
Não desiste de crescer, viver, pois tudo é possível ao que crê
Brasileiro da luta não foge. Acorda, levanta: desperta ó tu que dormes!
Pé na pista! Acredita mesmo sem ver!
Pé na pista! Acredita em você!
Por Thiago Ribeiro